Cananéia: um tesouro pouco conhecido em SP

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Vista da cidade de Cananéia

Natureza preservada, muita história e comida típica caiçara de primeira! Isso tudo encontramos em Cananéia, no litoral sul de SP.

A cidade não está tão distante de duas das principais capitais brasileiras, mas não é tão explorada como poderia ser. Cananéia está situada a cerca de 260km de São Paulo e a 240 de Curitiba, no Vale do Ribeira, tendo acesso fácil pela BR-116 e pela SP-226, através da cidade de Pariquera-Açu.

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Conhecida como Cidade Ilustre do Brasil, Cananéia foi fundada em 1531, cinco meses antes de São Vicente, tida como a primeira vila do país. Porém, a cidade do Vale é considerada oficialmente a segunda mais antiga do Brasil, já que faltam documentos históricos que comprovem sua “idade”.

A primeira impressão que se tem de Cananéia é que ali o tempo parou. As construções do século XIX, as ruas apertadas, tudo remete a um passado distante. As casas são, na sua maioria, juntas umas das outras, os telhados antigos, as pinturas bem coloridas, o que dá um charme a mais para a pequena cidade de 12 mil​ habitantes, a começar pelo portal da entrada da cidade.

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Casas tradicionais da cidade
PORTAL
Portal da entrada de Cananéia

A gastronomia e a natureza são os principais atrativos de Cananéia. Considerada a capital gastronômica do Vale do Ribeira, a cidade atrai muitos turistas da região e de outras localidades que buscam um belo lugar para almoçar em um fim de semana, um passeio de barco para pescar, observar as aves e animais locais ou visitar as ilhas das proximidades. Cananéia conta com várias opções de restaurantes que servem pratos típicos caiçaras, como moquecas, peixes da região, camarões e frutos do mar em geral.

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PIRÃO
Recomendamos muito o Camarão à Grega do Restaurante Pirão no Prato
PORTO CAM
Moqueca de camarão do Restaurante Porto Camarão

Não é difícil arranjar opções de passeios pelo estuário. Além de quase todas as pousadas e hotéis contarem com recomendações de passeios para os hóspedes, uma voltinha na orla da cidade pode garantir a diversão do dia, pois os barqueiros ficam de prontidão oferecendo seus tours. O melhor: sem aquele assédio chato, sem pressão.

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Há passeios em lanchas (chamadas de voadeiras) para aproximadamente 7 pessoas, além dos passeios de escunas. Também há uma opção gratuita que  é atravessar o canal de Cananéia de balsa até Ilha Comprida, município que possui mais de 70 km de praias com dunas em algumas partes e que está investindo pesado no turismo sustentável.

Os passeios em lanchas e escunas são contratados diretamente com os barqueiros, sem intervenção de agências de turismo, o que nos dá apenas a opção de pagamento em dinheiro. O destino das embarcações é o Parque Estadual da Ilha do Cardoso.

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Entrada do Parque Estadual da Ilha do Cardoso.

As lanchas levam os turistas até uma parte da Ilha mais próxima da cidade, o Núcleo Perequê ou até a parte mais afastada, o Núcleo Marujá. O tour até o Núcleo Perequê pode ter duração combinada entre os participantes, já que a quantidade de passageiros é menor, o que facilita acertos.

Aida tem duração de aproximadamente 25 minutos, com paradas para observação dos moradores mais ilustres daquelas águas: os botos cinza, parentes dos golfinhos, mas que vivem em rios da região. O preço do passeio em agosto de 2017 foi de R$ 25,00 por pessoa.

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Nesta parte do parque, encontramos uma ilha com pouquíssimos moradores, algumas casas rústicas, um pequeno riacho que encontra o mar e um museu e centro de pesquisas mantido pela Universidade de São Paulo (USP), aberto a visitas aos finais de semana. A ilha conta com instrutores que podem acompanhar na pequena trilha até a base e lá conduzir a visita, com explicações da fauna e flora da ilha.

Há uma pequena estrutura de quiosques/barracas no local, mas em nossa última visita não estavam funcionando. É importante obter informações sobre o funcionamento destes locais antes de embarcar. Isso pode evitar aborrecimentos e permite levar algum alimento se o tempo de permanência na ilha for muito prolongado. Importante: não jogue lixo na ilha em hipótese alguma!

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Além deste passeio, as lanchas também levam o turista até o Núcleo Marujá, a parte do Parque mais distante do continente. O trajeto dura aproximadamente uma hora, diferente das escunas, que levam 3 vezes mais tempo para chegar. Por isso, o preço dos passeios em lanchas, neste caso, são bem mais elevados. As escunas, apesar de mais demoradas, transportam um número maior de pessoas, o que barateia a viagem.

No Marujá encontramos uma comunidade de pescadores, bastante rústica, sem energia elétrica, sem carros, sem stress. Encontramos a paz!

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Entrada da comunidade do Marujá. Foto: www.redecaicaradeturismo.com.br

Os próprios moradores recebem os turistas em suas casas simples, que viram pousadas para acolher os visitantes, o que proporciona uma experiência totalmente local, a possibilidade de viver, junto com os moradores da Ilha, a vida de tranquilidade e costumes caiçaras que reinam por ali.

Nada como curtir uma praia, uma trilha e retornar para a pousada para almoçar um peixe recém retirado do mar, preparado de forma caseira e ouvir histórias dos moradores locais.

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Quintal de casa típica caiçara. Foto: www.redecaicaradeturismo.com.br

Cananéia ainda é uma cidade pouco conhecida, apesar de sua idade. Com todos os atrativos turísticos e culturais que existem na região e com a rica culinária caiçara temos lá um lugar que tem muito a ser explorado. Seguramente, se houvesse interesse do poder público de incrementar o turismo local através de melhor estrutura e divulgação das belezas da região, Cananéia atrairia muito mais visitantes.


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